Para ter certeza de que qualidade e segurança são valores intrínsecos, é preciso olhar para a alta liderança
Em reunião: a exigência com os resultados de qualidade e segurança do paciente precisa ser a mesma com os de outras áreas já tradicionais (BigStock)
Normas e protocolos funcionam muito bem quando uma regra é seguida à risca: eles são cumpridos e executados invariavelmente, em qualquer circunstância. A disciplina para alcançar a adesão máxima vem do comprometimento dos colaboradores, e depende de maneira direta do clima e da cultura dentro da instituição. É, por isso, que fomentar a cultura de segurança é tão importante nos serviços de saúde – e depende, sobretudo, do engajamento da alta liderança e administração.
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“A cobrança das corporações com qualidade e segurança tem de estar na mesma página da exigência com o resultado do financeiro, da experiência do paciente e do clima institucional”, afirma a enfermeira Priscila Rosseto de Toledo, gerente nacional de Qualidade e Segurança do Paciente do América Serviços Médicos.
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O problema é que nem sempre a preocupação com a qualidade é encarada com o mesmo rigor que se tem em outras áreas já tradicionais da gestão. “A instituição precisa de quatro pilares para ser sustentável”, afirma Priscila.“É preciso trabalhar a experiência do paciente, a experiência do colaborador (como o clima institucional favorece o engajamento nas práticas institucionais), o resultado financeiro (para que a saúde seja sustentável tem de ser custo-efetivo), além dos indicadores assistenciais de qualidade e segurança. “A instituição precisa respirar o que a estratégia define nesses quatro pilares para trabalhá-los diariamente”, diz Priscila. “Do contrário, continuará trabalhando para receber uma avaliação externa, não como um valor intrínseco à instituição.” Assista à entrevista completa no vídeo a seguir.
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